Até amanhã

(Jan Vermeer -Lady writing a letter with her maid, [óleo sobre tela], 1670-72)
Aqui.
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Que grande pedrada (não sei se no charco se na cabeça de algúem).LIBERDADE? Hoje levantei-me cedo. Fui ler os jornais e os blogues do costume. É distracção minha, ou não estão convocadas manifestações de solidariedade em frente ao
24 Horas? No momento em que, pela primeira vez em trinta anos de democracia, um jornal português é alvo de rusga policial, onde páram os estrénuos defensores da liberdade de expressão? Acaso supõem que ela é indissociável de uma imprensa livre? Que é feito dos blogues de causas? E da indignação bem-pensante? Eu percebo. O
24 Horas não é dos «nossos». Nós somos todos muito finos para nos preocuparmos com jornalismo marron. Mas e o senhor Presidente da República? Desta vez não considera que estejam em causa direitos fundamentais? No
Da Literatura.
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CredoCreio no Homem todo-poderoso
Inventor da pastilha elástica
Do Prozac, do soutien sem alças
Do colchão de água, do preservativo
Do silicone e do airbag.
Creio na Maria sempre virgem
Hímen reconstruído
Inseminação artificial
Cesariana com epidural
Mãe sem pecado
Virgem e original
Como se nunca fora tocada.
Creio no homem novo
Que nasceu Manel e é Maria
Pénis removido por cirurgia
Sexo novo e funcional
Implante mamário e labial
Tudo no sitio e operacional.
Creio no Homem
Criador de todas as coisas
Das maiores às mais pequenas
Das divinais às obscenas
Porque a todas o homem quer
Hoje e para sempre
Ámen.
Encandescente
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Politicamente correcto hoje em dia é dizer:

porque raio a ONU se preocupa com os direitos humanos na prisão norte-americana de Guantanamo e outra gente se preocupa com os direitos humanos na prisão de Abu Ghraib quando estamos à beira de uma guerra com os muçulmanos. (imagens
aqui, via Bicho Carpinteiro) 
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Branco e Vermelho

Branco e Vermelho é o novo concerto-teatro interpretado por Alexandra Bernardo e Alberto Augusto Miranda, é apresentado dias 20 e 21 de Fevereiro, às 21h30m na Sociedade Guilherme Cossoul em Lisboa.O título Branco e Vermelho é retirado do poema de Camilo Pessanha. Além deste poeta, perpassarão neste concerto, outras vozes como Miriam Reyes, Virginia Woolf, Gomes Leal, Raquel Antunes. (via
Ashfixia)

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Fundamentalismo e o politicamente correcto. O «politicamente correcto» é uma moda que, muitas vezes, exclui o exercício de pensar. É normalmente um reflexo à flor da pele de quem nunca será responsabilizado ou penalizado pelo que diz. Por isso, em certas circunstâncias, o melhor é navegar contra a corrente. Nesta história dos «cartoons», na qual quase toda gente centrou a questão sobre na defesa do direito de expressão contra uns trogloditas que incendeiam embaixadas e o mais que apanharam pelo caminho quase sem saber porquê, ir contra a corrente tem os seus custos, mas é imprescindível que alguém assuma esse difícil papel. Vamos esmiuçar o problema. As manifestações de rua nos países muçulmanos supostamente contra a publicação dos «cartoons» foram preparadas e organizadas com antecedência; quem as preparou e organizou sabe – sabe muito bem – o que representa nos países democráticos a liberdade de expressão e, sabe também, que aos Estados democráticos não podem ser assacadas responsabilidades pelo exercício desse direito; e, por ser assim, é que este é o tema escolhido para lançar os muçulmanos contra o «Ocidente» – exactamente onde mais atiça a revolta e a consciência democrática dos europeus; o objectivo desta manobra de diversão é atiçar a conflitualidade e preparar o terreno para uma guerra – uma guerra que os dirigentes muçulmanos mais fundamentalistas desejam ardentemente; como resposta, o «pensamento politicamente correcto» vai a reboque destes desejos e clama: - querem guerra? Vamos a ela! Tudo isto é demasiado previsível. Não chega dizer que temos valores superiores. É necessário demonstrar isso. Não está em causa o direito de expressão nos países democráticos. O que está em causa é a necessidade dos fundamentalistas muçulmanos – Irão, Palestina, etc. – se legitimarem na «guerra santa» contra o Ocidente. E por isso lançaram o Maomé para a fogueira - a unidade faz através de Maomé. A única atitude que pode contrariar os objectivos dos fundamentalistas ( também do Ocidente) é desanuviar e não atiçar. Mas o «politicamente correcto» faz o contrário: aqui d´el rei que nos querem tirar a liberdade de expressão. Vamos à guerra - dizem.
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