O
Pedro Correia desafiou-me para entrar numa nova corrente blogosférica. Desta vez – usando as suas palavras – para sublinhar o papel do acaso na abordagem ao texto literário. São cinco as regras:
1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas – implica aleatoriedade, não tente escolher o livro; 2. Abra o livro na página 161;3. Na referida página procurar a quinta frase completa;4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada;5. Aumentar, de forma exponencial, a improdutividade, fazendo passar o desafio a mais cinco bloguistas à escolha.
Procurei seguir à risca as instruções. O resultado não foi assim tão fácil de obter como me pareceu à primeira impressão. Em cima da secretária tinha dois livros. Duvidei de imediato se teriam 161 páginas, mas confirmei um a um: não tinham. Dirigi-me às estantes e aí, ao acaso, sem olhar os livros de frente, cumprindo religiosamente as regras, fiz duas tentativas frustradas. Na primeira, na dita página, saiu-me uma fotografia de Che Guevara (
Che, de Paco Ignacio Taibo II); na segunda uma única frase (
Dádiva Divina, de Rui Zink). À terceira tentativa saiu-me uma edição velhinha de
O zero e o infinito, de Arthur Koestler, Livros de Bolso Europa-América. Página 161, 5ª frase completa: «
Os diletantes em tirania tinham obrigado os seus súbditos a agir sob comando, o Nº 1 tinha-lhes ensinado a pensar às suas ordens».
E por aqui me fico. Agora, resta-me convidar 5 «camaradas», sugerindo-lhes que façam o mesmo que eu agora fiz, como me sugeriu o Pedro: o
Eduardo Graça (Camus não vale); a
miss woody & miss allen (para matar a curiosidade de saber que frase lhes caberá em sorte); à
Carla (na esperança de que o sorteio a brinde com uma frase cândida); o
Raimundo Narciso (pode ser que acerte no
Foi assim); e o
Lauro António (se a Cine Eco lhe der tempo).