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Muito boa gente submete-se ao discurso oficial*, construído por Passos Coelho e Cavaco Silva, nos últimos 3 anos. O discurso da “situação” assenta em meia dezena de falácias, repetidas até à exaustão, para parecerem verdades: 1) um governo do partido socialista provocou a crise em que vivemos; 2) para sairmos desta crise não há alternativa às medidas tomadas pelo actual governo, em consonância com os nossos “parceiros europeus”; 3) Prosseguir estas medidas (de empobrecimento da maioria dos portugueses) é de interesse “nacional ”; 4) os socialistas deviam compreender esta “realidade”, abandonarem os seus “interesses partidários”, e coligarem-se com o PSD e o CDS, para melhor se cumprir o “interesse nacional”; 5) Só perigosos esquerdistas e radicais, gente do passado, não entende a “bondade” da “solução” de futuro radioso que Passos Coelho e Cavaco Silva nos dão.
*Para perceber a falácia do “discurso oficial” releia-se o discurso de tomada de posse, neste segundo mandato, do senhor presidente da República, em que o "interesse nacional", na altura, passava pelo derrube do último governo, e todas as declarações do actual primeiro-ministro durante a campanha eleitoral.