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A senhora Merkel e a CDU, segundo os números avançados até este momento, obtiveram uma vitória expressiva nas eleições alemãs, ficando à beira da maioria absoluta. Levaram atrás de si toda o eleitorado de direita, afastando os Liberais – seu parceiro de coligação – do Parlamento. Os sociais-democratas pagaram, eleitoralmente, mais uma vez, pelo facto de não terem uma solução coerente para a grave crise que a Europa atravessa. Ficam-se nas “águas de bacalhau”, meio cá, meio lá, nem carne, nem peixe. Pensam que perdem eleitorado se forem firmes contra o estado a que isto chegou, vivem de fogachos e deslustram o pensamento e a história da social-democracia europeia. No final, titubeantes, acabam por perder ainda mais. Mas, atenção, a sociedade alemã não virou à direita como a vitória de Merkel aparenta. À esquerda, o SPD (25,5%), o Die Linke (8,4%) e os Verdes (8,3%) roçam, neste momento, o mesmo número de votos e a mesma percentagem da Direita. Só que, como é hábito, não se entendem. O SPD eliminou o Die Linke de qualquer acordo para a formação de governo. Os conservadores europeus têm conduzido a Europa para o abismo, mas a social-democracia europeia tem muitas culpas no cartório.