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Nicos Anastasiades, presidente do Chipre, escreveu uma carta a pedir aos líderes da zona euro e ao FMI que reformulem as condições do resgate àquele país porque “a economia está a ser conduzida para uma profunda recessão, o que leva a um crescente desemprego e uma consolidação fiscal cada mais difícil. (…) Exorto-vos a rever as hipóteses de forma a dar a Chipre e ao seu povo uma perspectiva viável para o futuro". Nós, portugueses, como os gregos, estamos a percorrer este caminho há mais tempo. Não há apelos, nem cartas que salvem os povos do sul da Europa da ganância dos “mercados” e da classe política que os ampara sem mudanças radicais, que restitua a soberania e a dignidade aos Estados, por via eleitoral ou na sequência de inevitáveis explosões sociais. Estamos ainda na fase de meter pólvora no barril. Depois não vão faltar fósforos por todo o lado.