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Como não podia deixar de ser, as políticas de austeridade do governo estão a provocar sérios danos na saúde dos portugueses, sobretudo nos mais idosos. O Relatório do Observatório Português do Sistema de Saúde, que será apresentado hoje, na Gulbenkian, conclui através de estudos e inquéritos que cerca de 30% dos inquiridos, com mais de 65 anos de idade, da Área Metropolitana de Lisboa, deixaram de utilizar alguns recursos de saúde por não poderem comportar os custos, “sendo que, destes, cerca de 60% referiram a consulta particular, 48% a medicina dentária, 47% referiram a aquisição de óculos e aparelhos auditivos e 25% serviços públicos de saúde de primeira necessidade”. Outros estudos apontam para um aumento de 47% de tentativas de suicídio e de 30% dos casos de depressão registado numa unidade local de saúde. Estes resultados são apenas a ponta de uma drama que vai piorar nos próximos anos, não só nos grandes centros urbanos, mas sobretudo nas zonas do interior. Mas, certamente, nas folhas de Excel do ministro das Finanças este é um indicador positivo: quanto mais cedo morrerem, mais se poupa nas reformas.
PS. O "trocadilho" do título original não era perceptível.