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A semana passada foi marcada pela encenação do “debate” sobre a “refundação” do Estado proposta por Vítor Gaspar e Passos Coelho, tendo como pano de fundo um duvidoso “relatório” do governo, assinado por “técnicos” do FMI. Começou com uma conferência, encomendada e montada pelo primeiro-ministro, no Palácio Foz, e acabou no “debate quinzenal”, na sexta-feira, na Assembleia da República. Em ambos os casos, apenas a registar a irrelevância do que foi dito e a frouxidão política dos intervenientes, à medida dos interesses e objectivos do governo. Estamos à beira de um terramoto na vida da maioria dos portugueses, a juntar às suas difíceis condições de sobrevivência, e tudo parece estranhamente calmo, uma espécie de bonança que antecede as grandes tempestades.
(Continua)