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Leio alguns blogues da rapaziada militante neoliberal – poucos, diga-se em abono da verdade – que continuam a defender a falecida taxa social única, como se a salvação da “Pátria” passasse por essa medida. Revelam o desconsolo e a angústia de quem perdeu alguma coisa muito importante. Igual a esta lamúria, que me lembre, só os que choraram a “entrega das colónias aos pretos”. “A rua ganhou de novo” - escrevem. Eu sei que eles choram, quais carpideiras, mais do que a morte da TSU, a morte deste governo – do seu governo e, consequentemente, a morte da construção de um modelo económico em que a Segurança Social, a Saúde e a Educação seriam entregues, mais dia, menos dia, à ganância de grandes empresas privadas. O próprio Estado só passaria a tratar dos assuntos da “criação de riqueza”. A pobreza, que atinge milhões de portugueses, passaria a ser um assunto da competência da “iniciativa privada”. Eles espumam porque, depois da euforia de um ano e pouco, em que Passos Coelho lhes fez as vontades, só vêem na chefia do governo alguém acabado, titubeante, sem força política para destruir o país, como lhes tinha prometido. Eles que espumem. É bom sinal.