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Há muita gente que se dá mal com fenómenos sociais ou políticos novos. Já há quem reaja ao «perigo» dos resultados eleitorais obtidos pelo PAN – Partido pelos Animais e pela Natureza. Este partido apresentou-se pela primeira vez aos eleitores nas eleições legislativas de 5 de Junho, onde foi o segundo partido mais votado entre os que não elegeram deputados. Ontem, na Madeira, ultrapassou o BE, tendo eleito um deputado. O mesmo acontece com a manifestação convocada para o próximo sábado, 15 de Outubro, sobretudo através das redes sociais. Ontem, a SIC transmitiu uma peça onde fez referência à manifestação de 12 de Março, como uma das maiores dos últimos tempos e entrevistou uma das organizadoras da anterior e da próxima. Contudo, a peça televisiva terminou assim: «A polícia teme que esta movimentação social possa provocar tumultos, os maiores desde 1975». O mundo está a ficar perigoso, os senhores do dinheiro põem e dispõem; a Europa está de rastos e quem paga a factura dos desmandos financeiros são sempre os mesmos, mas quando cidadãos querem mostrar o seu desagrado e «mijam fora do penico» ficam todos em pânico. Compreender os fenómenos sociais e políticos novos em vez de os atacar com caçadeira de canos cerrados é a melhor maneira de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária que cada vez se afasta mais do nosso horizonte. Tal como fui à manifestação de 12 de Março, também estarei presente na Avenida da Liberdade a 15 de Outubro. A 12 de Março vi por lá a direcção da JSD a distribuir «notas» de 100 euros com a fotografia do Sócrates. Espero, no sábado, vê-los por lá, solidários, mesmo que não distribuam «notas». Se não os encontrar fico a pensar que estão todos nos gabinetes ministeriais e que o facto de terem participado na manifestação de 12 de Março só tinha esse objectivo. Se assim for, não se admirem de cada vez mais pessoas votarem no PAN e de participarem em manifestações fora do colete de forças estabelecido.