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A extinção da Parque Expo, anunciada pelo governo, é uma boa notícia para os contribuintes. Uma empresa pública que acumula dívidas aos bancos superiores a 200 milhões de euros e sem a contrapartida de prestar um relevante serviço público só pode ter este destino, o que já devia ter acontecido há muito tempo. Dito isto, não deixa de ser preocupante que o anúncio desta extinção pareça caído do céu, avulso, desintegrado de uma estratégia de contenção de despesas do Estado. A ministra Assunção Esteves, na sua candura, foi ao ponto de dizer que não fazia ideia de quanto o Estado ia poupar ou se havia ou não despedimentos. Parece que tudo é feito em cima do joelho, o que não augura nada de bom. Aliás, não é caso único neste governo. O ministro Álvaro Santos Pereira foi a Madrid conversar com o seu homólogo espanhol sobre o TGV e ficou baralhado quanto à suspensão do comboio de alta velocidade. Tão baralhado que remeteu a decisão final para Setembro, mandando às urtigas tudo o que o PSD disse, no último ano, sobre o assunto, incluindo o que está escrito, preto no branco, no programa eleitoral: a suspensão do projecto. Estes episódios, a juntar ao sucessivo adiamento do anúncio de um pacote de medidas tendo em vista o emagrecimento do Estado, revelam que Passos Coelho, enquanto líder da oposição, não fazia a mais pálida ideia do que estava a dizer quando dizia ao anterior governo que devia cortar nas despesas do Estado e não insistir no aumento dos impostos. E, depois de dois meses de governo, continua sem saber bem onde cortar. O improviso, começa a ser a marca de água deste governo quanto à redução da despesa, mesmo sem levar em linha de conta as viagens aéreas do primeiro-ministro em económica e a dispensa do uso de gravata para poupar energia.
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