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O primeiro-ministro «espera que a decisão da Irlanda de recorrer à ajuda externa trave “a especulação” e “acalme” os mercados». Não vai travar, nem acalmar, naturalmente. O que os vai travar e acalmar é uma rigorosa execução orçamental, em 2011. E um comportamento da economia ligeiramente acima das previsões recessivas. Pelo menos, no que se refere a Portugal. Mas não só os «mercados». Depois das eleições presidenciais ficam «todos» à espera, no fim do 1º trimestre, e após a tomada de posse de Cavaco Silva, do relatório de execução orçamental e do relatório do INE. Se o governo, para além do Orçamento, no decurso de 2011, ainda conseguir poupar mais do que o previsto, sobretudo cortando alguns regabofes descontrolados, os arautos da desgraça começavam-se a engasgar. Um ministro das Finanças com perfil político e pulso firme, tipo Medida Carreira (um arauto da desgraça que deixaria de ser), dava jeito.