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O governo cubano, após meio século de «construção do socialismo», começou a desmontar os andaimes: vai despedir um milhão de funcionários públicos, 500 mil dos quais nos próximos 6 meses. Para fazer face à situação, o governo decidiu abrir à iniciativa privada 178 profissões que até agora só podiam ser exercidas pelo Estado, tais como engraxador, jardineiro, vendedor de fruta ou mecânico de automóveis. O ministro da Economia, Marino Murillo, e o vice-ministro do Trabalho e Segurança Social, José Barreiro, declararam ao Granma: «O emprego privado é uma das medidas que vão permitir aumentar os níveis de produção e eficiência da economia». Repito: a actividade privada aumenta os níveis de produção e eficiência da economia – diz o governo cubano. Nos corredores da sede do PCP, em surdina, para justificar a justeza da «linha ideológica» dos comunistas portugueses, já se deve comentar que os camaradas cubanos estão a destruir o socialismo e não tarda muito se dirá que «a interferência do imperialismo americano» levou à morte o «socialismo cubano». Por cá, eles gostavam de nacionalizar tudo, até os engraxadores.