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Na 29ª edição da Bienal de São Paulo, que hoje se inaugura, o artista plástico pernambucano Gil Vicente expõe um conjunto de desenhos a carvão sobre papel, intitulado Inimigos, onde se auto-retrata a executar – literalmente – políticos de todo o mundo, desde Lula a Bento XXI, passando por Bush e pela rainha de Inglaterra. A Ordem dos Advogados do Brasil pediu a retirada das obras da Exposição, alegando que se trata de um «incitamento à violência sobre o poder e as instituições que os visados representam», pedido recusado de imediato pela direcção da Bienal. É digno de sublinhar que uma tentativa de censura levou a que os ditos desenhos (e o seu autor) ganhassem uma notoriedade impensável, passando a ser conhecidos em todo o mundo (já tinham estado expostos anteriormente no Recife, Natal e Porto Alegre sem que ninguém desse por eles). Moral da história: a censura não compensa. Nunca mais aprendem, ainda por cima vinda da Ordem dos Advogados do Brasil que sempre se distinguiu na luta contra a censura.