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Li por aí que os procuradores do Ministério Público responsáveis pelo processo Freeport declararam, depois de darem por concluído o processo, que queriam ouvir José Sócrates, mas os «prazos inviabilizaram tal diligência». A ser verdade (o que a até ver preto no branco me recuso a acreditar), revela duas coisas: primeira, trata-se de uma declaração destinada a produzir efeitos políticos, a prolongar uma «suspeita» para além das conclusões do inquérito, num claro sinal do interesse ilegítimo de alguns procuradores do Ministério Público em interferir na vida política; segunda, trata-se uma declaração de incompetência e de falta de zelo profissional: seis anos não chegaram para fazer as ditas perguntas ao primeiro-ministro? Em qualquer caso, tal comportamento constitui justa causa (ou mesmo razão atendível) de despedimento.