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Ontem à tarde, um «mar de gente» desceu a Avenida da Liberdade em protesto contra as medidas de austeridade. Cumpriu-se um ritual de «luta» do PCP-CGTP, o que é importante em democracia. O entusiasmo de Carvalho da Silva levou-o a falar em «300 000 mil» participantes, enquanto Isabel Brites, ex-sindicalista da CGTP, e antiga responsável pela contagem de pessoas nos protestos disse ao Público: «Pelo meu cálculo estiveram aqui entre 130 mil e 150 mil pessoas.» O PCP-CGTP começa a ter uma dificuldade nestas mobilizações: os participantes nas suas manifestações mais empenhadas são sempre os mesmos, mais coisa, menos coisa. Quer sejam professores, função pública ou trabalhadores de todo o país em luta contra a «austeridade». Isso denuncia a estagnação da sua influência (comprovada pelos resultados eleitorais) e remete estas manifestações para o cumprimento de um mero ritual. Daí, a fuga para a frente: inflacionar o número de participantes para o dobro para esconder a estagnação. Por este caminho, o PCP-CGTP vai ter um problema, a prazo, também «na rua».