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Começa a ser vulgar, demasiado vulgar, os comentadores se referirem ao estado lastimoso em que se encontra o PSD, associando ora os candidatos à liderança, ora o próprio partido, quase sempre, a «defuntos», «coveiros», «em fase terminal», etc. Hoje, no DN, Alberto Gonçalves, sob o título O direito do PSD à eutanásia, escreve:
Vasco Pulido Valente chamou defuntos aos candidatos. "Coveiros" talvez fosse mais exacto. De qualquer modo, o congresso do PSD ameaça passar por um velório, e é duvidoso que mesmo um milagre, incluindo a descida de Cristo ou a de Marcelo, o transforme numa festa. Quando em estado terminal, às vezes um moribundo apenas precisa de morrer em paz.
O que comentadores de diversas quadrantes vêem, também o «Zé Povinho» vê. Sabendo isso, sabendo que são incapazes de produzir um programa consistente de governação que mereça o apoio dos portugueses, sem líderes à altura das circunstâncias, alguma Direita – mais radical, mais extrema, e mais jovem decidiu percorrer o caminho mais fácil: chamar a polícia para, à força (não dos fuzis, mas dos «processos» judicias»), afastar os socialistas do governo. Procuram, assim, substituir o governo que resulta de eleições recentes. Em seu lugar sonham colocar lá um dos 3 candidatos à liderança do PSD. Não lhe interessa - a esta Direita – o bem-estar dos portugueses ou a saúde da democracia e do Estado de Direito. Interessa-lhe o poder pelo poder. É muito pouco. Haja decoro.