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A falta de memória (mesmo para quem não viveu, mas que sabe ler) é uma coisa que me deixa perplexo. Joana Amaral Dias escreve: «Hoje, ou se condena a actuação de Sócrates ou se é cúmplice.» Esta fórmula é tão antiga como o Estado Novo, pelo menos. Frases destas faziam parte do quotidiano da propaganda salazarista para rotular de comunistas todos os opositores ao regime: católicos progressistas, liberais, sociais-democratas e por aí fora. E ainda fica a pergunta: cúmplice com o quê, minha senhora? Joana Amaral Dias quer mandar prender, por «cumplicidade», todos os portugueses que elegeram Sócrates? Haja decoro!