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Os atribulados e controversos anos da I República começam a ser, hoje, revisitados. Cavaco Silva preside, no Porto, à abertura oficial das Comemorações do Centenário da República, lembrando, a propósito, a precursora revolta republicana em 31 de Janeiro de 1891, no Porto. João Chagas (1863-1925), primeiro-ministro do 1º governo constitucional da República (Setembro e Outubro de 1911), condenado ao degredo na sequência da revolta de 31 de Janeiro, escrevia no seu diário, a 31 de Janeiro de 1914: «Hoje 23º aniversário da Revolução do Porto de 1891. Creio que a República chama a este aniversário – o dia dos Precursores. Certamente se refere aos que morreram, porque dos vivos não se lembra. (…) Viver em Portugal não é uma condição de glória. Os mortos passam. Os vivos, em Portugal, passam ainda mais depressa.»
Espero que nestas comemorações do centenário da República, que hoje se iniciam, se lembrem mais dos vivos do que dos mortos.