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A GRÉCIA ANTIGA E OS MESTRES PENSADORES

por Tomás Vasques, em 24.02.15

Estalou o verniz aos nossos mestres pensadores, essa fina flor doméstica do pensamento único europeu, quando os hereges gregos, esmifrados até ao tutano, se revoltaram contra os Deuses de Berlim. Glucksmann já tinha anotado que os mestres pensadores revelam-se sempre da mesma maneira: o tribunal de Atenas motivava a condenação de Sócrates: ele não respeita os nossos Deuses e os nossos competentes, por conseguinte conspira para instalar outros deuses e outros competentes, ele quer a sua lei em vez da nossa. Tal como o adivinho Meleto, em nome da acusação, pediu a morte de Sócrates como castigo, esta turba também pede a morte dos gregos que colocam em causa os seus Deuses loiros e as leis do pensamento único.

O pedido de pena capital para os gregos vem acompanhado de “pensamento científico”, a lembrar o 1984, de Orwell. Coitados dos gregos, até a Grécia Antiga lhes querem roubar. Dizem os mestres pensadores (José Manuel Fernandes, no Observador) que “estes” gregos não são herdeiros dos outros, os da Antiguidade, os pais da nossa civilização, da democracia e da filosofia. “Estes” gregos são mais Otomanos, e esta Grécia não passa de um produto da vontade das potências europeias, a quem devem, por isso, deduz-se, vassalagem. Condescendem, contrariados que “Sócrates, Platão ou Tucídides eram atenienses”. Quanto ao resto são “mitos” – escrevem sem rodeios, nem vergonha. Até Aristóteles, discípulo de Platão, que em Atenas fundou o Liceu, é retirado à herança grega. Nasceu ali ao lado, Macedónia – dizem. Pitágoras – esse – nasceu na Grécia, admitem, mas desenvolveu o seu trabalho no sul de Itália, como se esta região não estivesse sobre o domínio grego e outras na Turquia, onde nasceu por exemplo Tales de Mileto. Para esta gente, vale tudo. Tudo isto é tão estouvado como dizer que o poeta Ahmed Ben Kassin, por exemplo, não é árabe. Nasceu em Granada, quando esta cidade estava sobre o domínio árabe. O afã de matar os gregos é tal que lhes retiram a paternidade: são filhos de pais incógnitos.

E como se não bastasse, num exercício de demagogia reles, ainda roubam aos gregos o valioso património, maravilhas do mundo antigo. Escrevem os mestres pensadores, eufóricos, para desvalorizar o povo grego, que o Farol de Alexandria, o Mausoléu de Halicarnasso ou o Templo de Artemis em Éfeso não se localizam na Grécia, como não se fossem obras ímpares da civilização grega. Também a Igreja de São Paulo, em Diu ou a Igreja de Olivença não estão em território português. E daí?

Os mestres pensadores, zelosos acólitos dos deuses de Berlim, destilam ódio ao “irresponsável” povo grego porque veio pôr em causa o pensamento único. Não precisavam, para isso, de lhes roubar o passado.

*Os Mestres Pensadores é o título de um ensaio de André Glucksmann sobre o totalitarismo.

 

(Publicado no Repórter Sombra)

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publicado às 17:12

E NO ENTANTO A GRÉCIA MOVE-SE.

por Tomás Vasques, em 11.02.15

Deixemo-nos de floreados: o novo governo grego trouxe uma brisa de ar fresco a uma Europa deprimida e sombria, de governos amedrontados, reverentes e cabisbaixos. Qualquer dúvida sobre isso foi dissipada pela reacção daqueles que, entre nós, desempenham o papel de talibãs da austeridade. Pela primeira vez um governo de um país da União Europeia, nestes anos de chumbo, disse sem meias tintas o que é cada vez mais evidente: a austeridade imposta aos povos dos países do Sul da Europa lançou milhões de cidadãos na miséria, no desemprego, e no sofrimento inutilmente. A paranoia desta receita é tal que, perante os desastrosos resultados obtidos (os défices orçamentais não baixam, as dívidas externas aumentam, o crescimento económico é uma ilusão, não há criação de emprego, a deflação ameaça), sem o menor assomo de honestidade política e intelectual, insistem em mais austeridade sobre austeridade. Era o que a “troika” ia fazer a Atenas neste mês de Fevereiro, caso não tivesse havido eleições e mudado o governo: aplicar mais um “programa” de austeridade, lançar mais milhares de famílias na pobreza, a troco de emprestar mais dinheiro para arder nesta fogueira.

A atitude do novo governo grego, ao questionar abertamente os resultados desta tenebrosa política de austeridade, como solução para a saída da crise europeia, veio tornar ainda mais claro o que já era notório: este confronto não é entre as propostas do novo governo grego e a União Europeia. O confronto é formalmente entre a Grécia e a Alemanha, mas em substância trata-se de um confronto mais lato: entre os povos europeus e a Alemanha. Isto ficou completamente demonstrado nas declarações finais dos encontros entre o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, e os ministros das Finanças de Itália, França e Reino Unido, por um lado, e do encontro com o ministro das Finanças alemão, por outro. Este último encontro ilustrou o braço-de-ferro entre as duas soluções para a saída da crise: a que o governo grego defende e a imposta pela Alemanha, o que mostra bem o estado em que se encontra esta figura de ficção que dá pelo nome de “União Europeia”. A Europa esvaziou-se e está dependente das ambições e dos interesses da Alemanha.

Neste confronto entre David e Golias é evidente que o desejo do governo alemão, e dos seus mais fanáticos seguidores, era correr com a Grécia para fora do Euro e da União Europeia. Com esta exclusão livravam-se de um problema e “vacinavam” os outros povos europeus que espreitam a oportunidade eleitoral para pôr em causa esta Europa alemã, sobretudo, espanhóis, franceses e italianos. Porém, ao mesmo tempo, a Alemanha teme as consequências, não só a nível financeiro, mas principalmente a nível político. A saída de um país do Euro e da União Europeia, nem sequer prevista nos Tratados, pode-se transformar numa catástrofe política imprevisível em que não é de excluir o efeito dominó. Contando que Tsipras não vai fazer o triste papel de Hollande (que de paladino contra a austeridade, em campanha eleitoral, passou rapidamente, uma vez eleito, a beber o veneno de Berlim), resta à Alemanha começar a ceder e a engolir alguns sapos, se não quiser incendiar a Europa pela terceira em vez nos últimos cem anos.

Para o desfecho deste confronto vai ser muito importante, senão mesmo decisivo, o papel que os socialistas europeus, nomeadamente franceses e italianos (mas também espanhóis e portugueses), querem desempenhar. A transferência de votos dos socialistas gregos do PASOK para o Siryza (bem como as intenções de transferência de votos do PSOE para o Podemos, em Espanha) são sinais inequívocos de que, na situação presente, o lastro de descontentamento não se deixa amarrar a capitulações ou a meias-tintas. Quer queiram quer não, a Grécia move-se.

(PUBLICADO NO REPÓRTER SOMBRA)

 

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publicado às 18:54

Voando sobre um ninho de cucos.

por Tomás Vasques, em 15.12.14

A nossa mais antiga instituição bancária – o BES -, que nasceu na Calçada do Combro, no século XIX, na mesma altura em que, ali, nas imediações, Antero de Quental se debruçava, no Casino Lisbonense, sobre as Causas da Decadência dos Povos Peninsulares, morreu subitamente nos primeiros dias de Agosto deste ano. Apesar da provecta idade, até ao último dia poucos esperavam tal desfecho.

Como se lembram, dias antes, o senhor presidente da República, nos confins do mundo, na Coreia do Sul, tranquilizou a família, os amigos e demais interessados. Com ar circunspecto, disse: “os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo dado que as folgas de capital são mais que suficientes para cumprir a exposição que o banco tem à parte não financeira, mesmo na situação mais adversa”. Sublinho: “podem confiar, mesmo na situação mais adversa”.

Também o senhor primeiro-ministro, na mesma altura, garantiu aos portugueses: «Não há nenhuma razão que aponte para que haja uma necessidade de intervenção do Estado num banco que tem capitais próprios sólidos, que apresenta uma margem confortável para fazer face a todas as contingências, mesmo que elas se revelem absolutamente adversas, o que não acontecerá com certeza”.

Afinal, “o podem confiar” e “o que não acontecerá” aconteceu. Dias depois, facto insólito, Marques Mendes, o porta-voz disto tudo, anunciava que o BES se finara. No dia seguinte, o governador do Banco de Portugal confirmou oficialmente o óbito. Nessa noite, amortalharam o corpo do Espirito Santo num lençol branco, supostamente novo, debruado com borboletas, e cobriram as palavras dos mais altos dignatários da Nação de ridículo, senão mesmo com um “manto diáfano” de perversão.

(ler na integra aqui)

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publicado às 14:52

AUDIÇÕES PARLAMENTARES (2) |

por Tomás Vasques, em 09.12.14

As comissões parlamentares de inquérito são entretenimentos da deputação visando alcançar dividendos político-partidários. Ricardo Salgado navegou por entre as perguntas dos senhores deputados como um peixe de águas profundas, exigindo-lhes que saíssem da superfície se o quisessem apanhar. Mas a deputação não estava lá para isso. Chega-lhes colecionar conversa para o relatório final, no qual se vão debater duas teses de superfície: uns, vão querer concluir que o governador do Banco de Portugal e o governo agiram mal e são os culpados do que aconteceu ao BES; outros, vão tentar conclui que o governo decidiu bem e não se deixa encantar pelos poderosos. É pouco, muito pouco, para justificar a existência destas comissões. E mais não digo.

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publicado às 19:38

AUDIÇÕES PARLAMENTARES.

por Tomás Vasques, em 09.12.14

Passei a manhã a ouvir o Dr. Ricardo Salgado a responder na comissão de inquérito parlamentar. Socorro-me de Raul Brandão para transmitir o meu estado de espírito: “O que se diz nas Câmaras precisa de ser explicado nos corredores, para ser compreendido. O principal é o que se diz ao ouvido. Aquilo ali nas Cortes é apenas aparato”

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publicado às 14:44

O milagre das rosas e a teoria do ketchup

por Tomás Vasques, em 08.12.14

A reunião de hoje do Eurogrupo sublinhou a sua desconfiança em relação os números que sustentam o Orçamento de Estado para 2015. Deram um moratória ao governo para provar que o números e previsões estão certos,como defende a ministra das Finanças. Como escrevi há dias no Repórter Sombra este Orçamento assenta no milagre das rosas e na teoria do ketchup. Termina assim:

 

No entanto, o governo não se ficou por aqui. Quis mostrar com este Orçamento que a “salvação” está ao dobrar da esquina ou, em linguagem mais directa, ao dobrar das próximas eleições. Para acertar os números, atirou o crescimento económico para 1,5%, faz baixar significativamente o desemprego e subir até ao limite as receitas fiscais. Meia dezena de instituições, nacionais e estrangeiras, que não têm nos seus pergaminhos fazer oposição ao governo, ao tomarem conhecimento da proposta de Orçamento, alertaram para este delírio. Contudo, o governo não se deu por achado e fundamentou as suas previsões, através de dois dos seus ministros, associando a nossa melhor tradição milagreira, que já vem desde D. Fuas Roupinho, cujo cavalo estacou à beira de uma falésia, por ordem de uma Nossa Senhora, poupando a vida ao cavaleiro, com a “teoria do ketchup”, cujas raízes populares são sobejamente conhecidas, quer de cozinheiros, quer de comensais utilizadores desta pasta atomatada.

Os fundamentos milagreiros ficaram a cargo da senhora ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Em Oliveira de Azeméis, em discurso aos crentes, militantes do PSD, disse: “As nossas previsões não são optimistas demais. Acreditamos que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano de 2015”. Foi uma declaração de fé, já que não adiantou uma única palavra que sustentasse a sua crença. Coube ao senhor ministro da Economia, Pires de Lima, no Parlamento, esclarecer a fé da sua colega de governo. Disse o senhor ministro Pires de Lima que o investimento, indispensável ao cumprimento das previsões do governo, “ é como o ketchup, aperta-se e não sai nada, aperta-se e não sai nada e de repente sai tudo num golpe”. Em 2015, os portugueses ficam, assim, entregues a crenças milagreiras. Se não acontecer um milagre, ao menos que salte a tampa ao frasco de ketchup. Em suma: estamos todos tramados!

(ler na integra aqui)

 

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publicado às 20:59

Se a solução encontrada para o "sarilho BES" pelo "triângulo das Bermudas", situado entre São Bento, Belém e a Igreja de São Julião, fosse tomada por um governo socialista, o pessoal do costume, naqueles blogues que fizeram a ossatura deste governo, em que se cita Tocqueville e Benjamin Constant, a torto e a direito, estariam a destilar veneno contra a"ofensiva socialista contra os mercados", a "expropriação de accionistas", a "destruição do mais antigo banco português" a "nacionalização da banca" . Agora, uns, estão calados; outros, dizem que qualquer outra solução seria pior. O "neoliberalismo" português é isto: o Estado não tem que pagar subsídios de desemprego a "quem não quer trabalhar". Mas o Estado deve intervir (e avançar, no escuro,com quase 5 mil milhões de euros dos contribuintes) para salvar um banco.

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publicado às 23:40

SUMÁRIO.

por Tomás Vasques, em 06.03.14

 Os polícias que se manifestaram mostraram que, se quisessem, subiriam a escadaria de São Bento até ao último degrau, com a condescendência de quem lá estava para o evitar; os seus camaradas, incumbidos de impedir a subida da escadaria, mostraram que cumpriram o dever que lhes foi conferido, com a cumplicidade de quem queria subir a escadaria. O governo devia perceber que o poder depende de quem tem a missão de o defender. Como este governo detesta o 25 de Abril, não percebe o que se passou nesse dia, nem o que se passa hoje.

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publicado às 21:28

CAMPANHA ELEITORAL (2)

por Tomás Vasques, em 06.03.14

Leio nos jornais que Paulo Rangel, o candidato das ideias portáteis, explora contradições entre Assis e Seguro. Comporta-se como uma coscuvilheira que, em vez de olhar para dentro de casa, e ver as contradições entre Portas e Passos Coelho, anda na má-língua a desancar na vizinhança. Com Paulo Rangel a campanha não vai passar disto: mão na anca, faca na liga, coscuvilhice e má-língua. Ideias zero.

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publicado às 15:55

CAMPANHA ELEITORAL (1)

por Tomás Vasques, em 06.03.14

Paulo Rangel, o candidato twitter, como o próprio classificou o seu manifesto eleitoral, vai debater o estado do país e da Europa em tacadas curtas, meia bola e força: “ideias portáteis, que cada um possa levar para todo o lado”. A comunicação social, que está sempre de boca aberta para o espectáculo, vai ter frases todos os dias. Do tipo: “ Seguro anda a fazer um discurso para piorar a situação do país” ou “Seguro devia explicar porque não se senta à mesa com o governo”. A técnica não é má. Evita a discussão do que é importante, quer cá dentro, quer na Europa. Esperemos que, na noite das eleições, os portugueses lhe digam, como resposta, em frase curta: “Apanhaste uma grande banhada!”.

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publicado às 15:47

Os putos do CDS-PP, ainda com o sangue na guelra, apresentaram ao congresso do seu partido uma moção em que diziam tudo o que os dirigentes do seu partido pensam, mas não dizem. A “coisa” era de tal modo escabrosa,  que foi retirada antes de ir a votos. Devem ter aprendido com os mestres: para destruir o “estado social” deve dizer-se que se está a defende-lo; se quiserem reduzir a escolaridade obrigatória deve dizer-se que se quer aumentar. Os putos não aprenderam nada com o que os seus mestres disseram durante a última campanha eleitoral e o que, a seguir, fizeram. Meteram todos os seus desejos, preto no branco, numa moção. Assim não vão lá, deve-lhes ter explicado Paulo Portas depois de lhes dar um raspanete.

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publicado às 00:43

O REGRESSO AO PASSADO.

por Tomás Vasques, em 13.01.14

 

Na sua moção a Juventude Centrista declara "querer a Constituição sem o perfumedo 25 de Abril", revelando que, em matéria de cheiros, lhe agrada mais a de 1933

 

Muitas vezes, quando algum desalento cala fundo, nestes doces invernos, refugio-me em memórias literárias para recuperar esperanças que se esvaem e afastar o pesadelo de pensar que os meus netos (ou bisnetos) visitarão um dia a Igreja de Santa Engrácia, feita Panteão Nacional, para aí prestar homenagem à que teria sido a nossa melhor selecção de futebol de todos os tempos. Preferia que fossem, com tal propósito, ao cemitério dos Prazeres, como milhares de pessoas visitam o cemitério Père Lachaise, em Paris, para homenagear quem lá repousa: Balzac, August Comte, Paul Éluard, Oscar Wild, Proust, Maria Callas, Edit Piaf, Jim Morrison e Laurent Fignon, um admirado ciclista francês, entre muitos outros desportistas, filósofos, escritores, poetas, compositores e músicos. Mas rendo-me às evidências: cada país tem a dimensão que tem, porque os deputados eleitos, unanimemente, assim querem, e só por mérito dos republicanos de Afonso Costa, Portugal consagra a um poeta – Luís Vaz de Camões - o seu dia Nacional.

 

(ler mais no i)

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publicado às 14:41

PARA MEMÓRIA FUTURA.

por Tomás Vasques, em 12.01.14

Paulo Portas disse, no congresso do CDS-PP deste fim-de-semana: "Sou de ficar, não sou de abandonar". Dois exemplos, os mais descarados, do valor das palavras de Paulo Portas: na campanha eleitoral para a Câmara de Lisboa, em 2001, garantiu a pés juntos e com cartazes por toda a cidade, "Eu Fico" e, depois de eleito, só lá foi tomar posse, partindo de seguida para ministro do Mar do governo de Durão Barroso. Em Junho do ano passado demitiu-se "irrevogavelmente" do governo, para nele continuar no dia seguinte. A manter-se a tradição da "palavra de honra" do líder do CDS-PP é muito provável que já esteja a ver qual é o cargo "europeu" que lhe convém a partir de 2015.

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publicado às 20:23

VIOLAÇÔES E ESTADO DE SÍTIO.

por Tomás Vasques, em 10.01.14

 O relatório de uma auditoria interna da Procuradoria Geralda República à violação do segredo de justiça é assustador. As propostas vão de escutas a jornalistas à proibição de publicação de notícias ou a realização de buscas nas redacções dos jornais. A instauração de um autêntico estado de sítio para “reduzir” algo que, entre nós, não existe: o segredo de justiça. Era mais sensato acabar com essa ficção do “segredo de justiça” permitindo o acesso à informação a todos os jornalistas, em vez de a fornecer cirurgicamente a alguns. Como sabemos, o “direito à privacidade” dos investigados ou os “interesses da investigação” são permanentemente postos em causa, em processos mediáticos, inutilizando qualquer vantagem do "segredo de justiça".Com este relatório, a PGR apenas pretende matar o mensageiro, passando por cima da origem das violações: as fontes do mensageiro.

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publicado às 23:30

Doenças.

por Tomás Vasques, em 10.01.14

É isto mesmo: uma doença.

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publicado às 11:31



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