Caro
Rui: ao meu último "
até amanhã" – um nu de
Otto Griebel - contrapões
Die Internationale , uma obra do mesmo autor na pura linha do realismo socialista, entendido como a representação figurativa do “paraíso” socialista e a exaltação das classes trabalhadoras. Depois da 2ª Guerra, Otto Griebel, na RDA, encabeçou, como representante da
Associação dos Artistas Plásticos Revolucionários da Alemanha, a luta contra a "ditadura do abstrato" e o "formalismo decorativo" – arte promovida pelos estados capitalistas, como então Otto dizia. Alimentada teoricamente por Georg Lukács, esta escola definiu um programa aprovado na
1ª Conferência de Bitterfeld, em 1959. A partir daqui iniciou-se a persiguição a todos os pintores "dissidentes" – aqueles que não aceitaram o colete de forças da nova escola. Mas, apesar de tudo, Otto Griebel foi (é) um grande pintor e o nu reproduzido (realismo socialista ou expressionismo pouco importa) é de grande qualidade.
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