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OUTRA VEZ, NÃO!

por Tomás Vasques, em 27.09.12

Passos Coelho disse hoje que "se isto vai correr bem ou mal depende da vontade colectiva". Não é verdade. “Isto” correu mal, e todos os indicadores são evidentes. E correr mal não está na “vontade colectiva”. Está na aplicação da receita da troika. Ou Passos Coelho já se esqueceu do que andou a fazer e a dizer enquanto os resultados desastrosas das suas medidas não saltaram para cima da mesa? A austeridade “custe o que custar”, sempre em cima dos mesmos, deu “isto” – um desastre para a maioria dos portugueses e para a economia nacional. E, enquanto o desastre se consumava, a “vontade colectiva” esteve silenciosa. O primeiro-ministro, que quer prosseguir, em 2013, a desastrosa receita, está apenas a sacudir a água do capote. Não se pode permitir que Passos Coelho (e o PSD), depois de afundar o país, venha dizer que os portugueses não se quiseram salvar. Essa não. Já tivemos, para exemplo, o embuste da campanha eleitoral.

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publicado às 19:50

LEITURAS.

por Tomás Vasques, em 26.09.12

Retrato perfeito, com Adriana ao fundo.

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publicado às 22:50

GUERRA DE NÚMEROS À VISTA.

por Tomás Vasques, em 26.09.12

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, já garantiu que a manifestação de sábado será "uma das maiores iniciativas de sempre" em Portugal. Se “garantiu”, está garantido. Está subjacente que a principal preocupação da CGTP vai ser a comparação com a manifestação de 15 de Setembro. O PCP não quer perder a “rua”.

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publicado às 21:29

ELES QUE ESPUMEM.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Leio alguns blogues da rapaziada militante neoliberal – poucos, diga-se em abono da verdade – que continuam a defender a falecida taxa social única, como se a salvação da “Pátria” passasse por essa medida. Revelam o desconsolo e a angústia de quem perdeu alguma coisa muito importante. Igual a esta lamúria, que me lembre, só os que choraram a “entrega das colónias aos pretos”. “A rua ganhou de novo” - escrevem. Eu sei que eles choram, quais carpideiras, mais do que a morte da TSU, a morte deste governo – do seu governo e, consequentemente, a morte da construção de um modelo económico em que a Segurança Social, a Saúde e a Educação seriam entregues, mais dia, menos dia, à ganância de grandes empresas privadas. O próprio Estado só passaria a tratar dos assuntos da “criação de riqueza”. A pobreza, que atinge milhões de portugueses, passaria a ser um assunto da competência da “iniciativa privada”. Eles espumam porque, depois da euforia de um ano e pouco, em que Passos Coelho lhes fez as vontades, só vêem na chefia do governo alguém acabado, titubeante, sem força política para destruir o país, como lhes tinha prometido. Eles que espumem. É bom sinal.

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publicado às 18:20

MESMO COM OS DIAS CONTADOS AINDA ESPERNEIA.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Leio nos jornais: «Francisco Louçã apela à união da oposição para moção de censura». Usa sempre a mesma fórmula. Fez o mesmo no fim da última legislatura. Os principais partidos da oposição, na altura, eram o PSD e o CDS-PP. Mas isso não fez pensar aquela cabecinha “opositora”. Ele quer, em qualquer circunstância, “unir-se” a toda a oposição, seja quem for. O resultado da sua última "união oposicionista" está à vista.

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publicado às 15:36

EXIGE-SE MAIS SERVIR DO QUE SERVIR-SE.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

Os portugueses saíram à rua, num gigantesco protesto popular, no sábado, 15 de Setembro. Essas manifestações, pujantes e sem dono, assustaram o governo e incomodaram o regime – um regime democrático que quanto mais se afasta das pessoas, mais as teme. E o temor cresceu na proporção da ausência de controlo político, partidário e sindical daquele imensidão de pessoas que tomaram conta das ruas das principais cidades do país.

Provavelmente, se aquelas manifestações não tivessem acontecido, a semana passada não teria corrido como correu: uma corrida vertiginosa para “apagar” o que estava para trás, desde a desastrosa e iníqua “comunicação” ao país de Passos Coelho, a 7 de Setembro. Apesar da onda de indignação e reprovação das medidas anunciadas vir de todos os lados, o primeiro-ministro não teria estado tão receptivo às propostas dos “parceiros sociais”, nem tão fragilizado no debate parlamentar. Nem teria ido de baraço ao pescoço ouvir os conselheiros de Estado zurzir nos mal urdidos devaneios do seu ministro das Finanças. É só recordar que, já as vozes se ouviam por todo o lado, desde confederações patronais, supostamente beneficiadas, até ao líder do parceiro da coligação que sustenta o governo, ainda Passos Coelho se batia com unhas e dentes, na entrevista televisiva de 13 de Setembro, dois dias antes das manifestações, pela sua dama: baixar os salários de quem trabalha e transferir grande parte desse dinheiro para o cofre das entidades patronais. Admitiu aí, apenas e vagamente, estar disponível para, na discussão com os “parceiros sociais”, “calibrar” ou “modelar” a sua aberrante proposta sobre a Taxa Social Única. Entre o que Passos Coelho disse, dias antes nessa entrevista, e a reunião em Belém, na sexta-feira, em que a dita medida foi pelo cano de esgoto abaixo, houve um povo a dizer “basta” nas ruas.

 

(LER MAIS)

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publicado às 11:41

SALÁRIO, PREÇO E LUCRO.

por Tomás Vasques, em 24.09.12

 

O Público de hoje dá a conhecer o estudo sobre salários em Portugal da consultora Mercer. A conclusão que dá título ao artigo: “os salários nominais (o que recebemos efectivamente no final do mês) desceram em praticamente todos os níveis hierárquicos das empresas. E quem mais perdeu foram os escalões mais baixos.” Efectivamente, tem sido esta a política do governo desde que tomou posse: empobrecer os mais pobres, sacar mais a quem menos tem. Esta lógica perversa de “ajustamento” através da redução de salários, sobretudo a quem menos ganha, está de tal modo entranhada na cabeça deste governo que, ao primeiro-ministro, pareceu “natural” tirar dinheiro dos salários aos trabalhadores e entrega-lo directamente às empresas. O rumo escolhido por este governo – um rumo que nada resolve, antes pelo contrário, como todos os indicadores económicos e os números da execução orçamental o demonstram – tem de ser afrontado, antes que transformem Portugal num gigantesco cemitério.

 

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publicado às 09:40

NÚMEROS DE CIRCO.

por Tomás Vasques, em 21.09.12

É evidente que a coordenação e, sobretudo, a coesão política da coligação que nos governa dependem de Paulo Portas e de Passos Coelho. A criação, ontem, de um Conselho de Coordenação da Coligação composto por figuras de segundo ou terceiro plano partidário, sem competência para coordenar o que quer que seja, para além de ridículo, é um “número de circo” destinado apenas aliviar a pressão do Conselho de Estado de hoje. Na coligação nada se alterou. No país sim. Houve uma alteração qualitativa nos últimos 15 dias. Só que Paulo Portas e Passos Coelho ainda não perceberam o que se está a passar e continuam a fazer teatro.

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publicado às 21:29

TEMPOS MODERNOS.

por Tomás Vasques, em 21.09.12

 

Todos os dias nos dizem que o Estado não tem dinheiro para manter o nível de “bem-estar” em que vivíamos. E dizem-nos, os arautos de “todo o poder aos mercados”, que “os cortes nas reformas são e serão inevitáveis”. Se assim é, o que tenho dúvidas, seria normal ler nos jornais, por exemplo: «governo não paga pensões de reforma acima de 3 mil euros». Mas não. O que leio nos jornais é: «Fisco ataca reformas de 500 euros». Do mesmo modo, pensam “eles” que é através da redução até ao osso dos salários que a economia poderá voltar a “crescer”. Opção errada. Não é necessário voltar a ler Germinal, de Émile Zola, ou ver os Tempos Modernos de Charlie Chaplin, para saber o que vem aí. Por este caminho, mais ano, menos ano, vai provavelmente voltar tudo ao princípio: o Estado vai ter de tomar conta de ocorrência, acabando com o regabofe da “iniciativa privada” e do “lucro”. Não correu bem da primeira vez, pode ser que corra da segunda.

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publicado às 18:17

O EFEITO CATROGA.

por Tomás Vasques, em 20.09.12

 

Qualquer vendedor de nabiças, azeite e grão-de-bico, seja o merceeiro aqui da esquina, sejam as poderosas cadeias de supermercados, sabe que retirar dinheiro aos consumidores diminui a procura e, consequentemente, diminui a sua facturação. Feitas as contas, a redução da TSU proposta para as empresas não cobre os prejuízos. Por isso, todos os empresários vieram dizer que o primeiro-ministro andava na lua. No entanto, António Mexia, presidente da EDP, veio defender a medida avançada, naquele fim de tarde alucinante, entre futebol e espectáculo de variedades, pelo primeiro-ministro. A EDP, sim beneficia. Pelo menos, enquanto não andarmos todos a ser iluminados a candeeiro de petróleo. Não se esqueçam que Catroga recebe muito dinheiro por mês para tratar destes assuntos.

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publicado às 17:33

Passos Coelho vai beber o veneno até ao fim.

por Tomás Vasques, em 20.09.12

Os dois partidos da coligação que sustentam o governo desconfiam tanto um do outro que só falam através de “actos notariais”. À mínima decisão, lavram escritura pública: «PSD convida CDS para reunião». Resposta, sempre nos jornais: «CDS disponível para encontro com PSD ainda hoje». Mas, ainda mais grave, perante a grave situação: «O encontro PSD com o CDS-PP será sem os líderes». O que significa que os dirigentes máximos de cada um dos dois partidos ainda não se conseguem ver um ao outro. E não sabemos se alguma vez vão conseguir. Como Paulo Portas é o CDS-PP e o PSD não é Passos Coelho, este para se manter à frente dos social-democratas vai ter de beber o veneno até ao fim, arcando com as dores que isso provoca. Seria divertido assistir ao desenvolver desta telenovela, mas não é: são os portugueses a pagar a factura desta balbúrdia.

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publicado às 16:48

ENLOQUECERAM?

por Tomás Vasques, em 18.09.12

Há apoiantes de Passos Coelho que já vão ao ponto de desenterrar artigos do “Avante”, onde se diz que a CIA esteve na origem da UGT, para contrariar a afirmação de Mário Soares em que considera o actual «governo moribundo». Ressabiamento em vez da humildade é a fogueira em que os seus apoiantes mais extremistas querem queimar Passos Coelho.

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publicado às 22:03

GOSTO DA RUA. GOSTO MUITO DE AR LIVRE.

por Tomás Vasques, em 17.09.12

 

1.- Participei na manifestação da «geração à rasca», a 12 de Março de 2011. Governava então José Sócrates e o PS.

2.- Participei na manifestação de sábado, em Lisboa. Governa, agora, Passos Coelho.

Para mim é indiferente quem governa, quando está em causa o essêncial, quer da democracia, quer das pessoas.

Gosto da rua; gosto de ar livre.

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publicado às 23:16

À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS.

por Tomás Vasques, em 17.09.12

SÍNTESES.

por Tomás Vasques, em 17.09.12

Dizer tanto em 4 linhas não é fácil.

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publicado às 19:48

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