Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O senhor presidente da República veio ontem dizer, com clareza, que não quer eleições antecipadas, nem quer este governo, seja em que versão for. Sem usar da mesma clareza, o que obriga a decifrar a mensagem, propõe a formação de um governo de sua iniciativa, à volta de uma personalidade por si escolhida, certamente, e com apoio parlamentar dos três partidos que assinaram o memorando – PS, PSD e CDS-PP -, os quais se amarrariam num entendimento para depois de “eleições” a realizar depois de Junho de 2014. As primeiras “soluções” para suspender a democracia começam a surgir em Portugal. Como esta “solução” vai dar em águas de bacalhau (O PS já reafirmou que não apoiará, nem fará parte de nenhum Governo sem que os Portugueses manifestem democraticamente a sua vontade, através da realização de eleições), o senhor presidente da República irá ser obrigado a dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas. Só que, com esta tentativa de formar um governo presidencial, vai prolongar por mais tempo esta agonia, a instabilidade política e a degradação económica do país.